sábado, 24 de julho de 2010

Let's cut to the car chase: specific words are difficult to translate

As coisas que mais aprecio numa lingua sao as expressoes idiomaticas, as palavras intraduziveis, os pedacinhos da alma cultural de um povo com que organizamos o pensamento e que nos fazem portugueses sem dar conta.

Viver nos EUA e falar ingles diariamente fez-me compreender o quao uteis sao este tipo de expressoes ou palavras unicas, que, em duas ou tres palavras, expressam um estado complexo. Nao as consigo traduzir (Ainda?).

Por exemplo, como traduzir a palavra desenrascar? Saudade e facil de traduzir (I miss you, baby), mas desenrascanco? Como traduzir o facto de que so queremos uma solucao simples, temporaria, sem querer pensar muito nisso? Como traduzir ao mesmo tempo a ansiedade presente na palavra desenrascar - a ansiedade de alguem que tem muito para fazer, sabe que nao e facil alcancar tudo do que tem a cumprir, mas que tem que se desenrascar?

As vezes rio-me sozinha das possiveis traducoes de expressoes familiares. Outras vezes, rio-me com o M. quando tentamos traduzir um para o outro.

Por exemplo, "hey you, you don't need to put the little horses on the rain, we're not going anywhere". Tirar os cavalinhos da chuva e sem duvida uma das minhas preferidas.

Essa e "this is only for english people to watch". "So para ingles ver" - residuo das invasoes napoleonicas (?) - e algo que expressa tao bem a intencao superficial das accoes. Nao encontro nada que a substitua.

Tambem ha expressoes idiomaticas em ingles.
Ate agora, a mais comica descoberta foi acidental, quando uma colega do Doutoramento disse em alto e bom som, no meio de uma festa: "I'm going to cut the cheese". Toda a gente (americanos) se comecou a rir porque... ta nan nan... ela estava a dizer que se ia peidar!

Ha outras expressoes em ingles que fui aprendendo ao longo do tempo... A mais gira e "do it on the fly", que quer dizer que vais improvisando a medida das necessidades, ou "play it by hear (?)", quando chegar a altura logo se ve. Outras servem de desculpa "I don't know that on top of my head (ou from the top of my head?)", nao sei isso assim de repente...

Os pontos de interrogacao quer dizer que nao tenho a certeza se as expressoes sao mesmo assim, portanto nao as usem!...

terça-feira, 20 de julho de 2010

English para adultos

Nao sei porque, pensei que seria boa ideia ter aulas para ser professora aqui na universidade americana.
E porque as propinas carissimas subsidiam nao so o jacuzzi e a sauna dentro dos balnearios, mas tambem um centro de linguistas profissionais para ajudar os alunos que veem do outro lado do atlantico e do pacifico, la tive licoes sobre stress and entonation.

Adorei.

Eu sempre reparei que os estrangeiros carregam a musica da sua lingua para o ingles. Com este curso fiquei a perceber porque. Falar uma lingua nao e so dizer as palavras com os fonemas na ordem correcta. Falar implica ritmar as palavras e os sons.

Existem linguas em que o ritmo e ordenado e previsivel, tique taque tique taque. Por exemplo, o portugues e uma de essas linguas. Quando falamos o volume com que soletramos cada silaba e parecido. O tempo que demoramos a falar cada silaba e similar.

O ingles e diferente.

Os verdadeiros americanos pausam, mudam o volume das palavras, e alteram a entoacao para dar enfase a verdadeira mensagem da frase. E os gestos marcam o ritmo do dialogo. (A professora disse que eu fazia gestos com a cadencia da lingua portuguesa ao mesmo tempo que falava portugues).

Achei isto muito engracado. Nunca tinha reflectido sobre isto, mas depois comecei a pensar se a maneira de falar nao seria reflexo da cultura de um povo... Se o individualismo feroz dos Estados Unidos nao se transforma em conseguirem e quererem isolar palavras (com stress and entonation) do resto da frase.

Lettuce Souprise You*

Ola! Ainda estao ai?

No dia 9 de Junho fez dois anos que me mudei para os States.
Muita coisa se passou, a minha vida alterou-se radicalmente, e sou feliz (suspiro/ inserir smile).

Nem sei por onde comecar, por isso falemos de trivialidades.

Visitei S. Francisco, Miami, uma cidade perdida no meio do Wisconsin, e ja andei de carro 15 horas seguidas por entre varios tipos de arvoredos (da Pensylvannia ate a Georgia). Ja vi a minha primeira bandeira da confederacao numa casa perdida no Sul dos EUA.

Ja sei quem e o Glenn Beck.

Ja esquiei, e andei de rafting duas vezes.

Ja sobrevivi a uma tempestade de neve e aprendi o que era cabinn fever.

Ja fui atendida nos servicos de saude americanos.

Ja tive aulas sobre como falar em ingles como uma americana.

Ja me esqueci de algumas palavras em portugues e ainda nao sei outras em ingles.

Ja submeti um artigo para um revista hiper-super croma com o meu orientador.

Ja sou perita em compras de mercearia em Pittsburgh.

...

Tanta coisa.

E tantas outras coisas.


Nao sou a mesma. Mas continuo a lembrar-me da password deste blog. E espero continuar a ver-vos por aqui.



*titulo de um restaurante que vi na estrada

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

10 surprising mexican sights

1. Exército na rua. Não sei porquê, nas ruas da Cidade do México veêm-se camiões carregados de soldados. Até vi tanques no meio do tráfico, (penso que) devido ao dia da Independência que se aproxima...

2. Cor. Apesar do caos, a Cidade do México pareceu-me insolitamente colorida, tipo manta de retalhos feita de tecidos velhos e fortes. A cor estava também nas faces das mexicanas, que se maquilham artisticamente. No Museu de Antropologia percebi que a tradição garrida vem de longe: as ruínas Aztecas são fortemente coloridas.

3. Milho. O milho está para o México como o trigo está para Portugal, que é como quem diz, o pão mexicano é a tortilha. E a palavra portuguesa sandes deve ter a traduação de quesadilha. O culto do milho vem de longe, desde os povos ameríndios.

4. Alegria. (tomem em conta o exagero de uma turista que esteve no México menos de meio mês). Parece-me que a cultura mexicana pende para a alegria como a portuguesa pende para a tristeza e seriedade. Posso não perceber as letras de músicas tradicionais, mas parece-me tudo alegre (de mariachis aos ritmos latinos mais conhecidos). No meio de um cemitério mexicano vi uma pepsi aberta perto de uma campa (é tradição celebrar a morte de um ente querido com ofertas). Foi-me um bocado difícil entender isto. Não é que não se esteja triste ou menos feliz, é como se a resposta adquirida às situações experenciadas fosse a alegria e a leveza. É um bocado esquisito, é como se se os pequenos dramas da vida não existissem e se dissipassem em risadas... (E para os grandes existe pepsi.)

5. Política no feminino. Acabaram de haver eleições municipais (?) no México, e portanto havia uma data de cartazes políticos espalhados pela cidade. Epá, e tive uma sensação estranha: havia imensas mulheres a concorrer, quase tantas como homens. Não sei como explicar esta sensação de paridade num país onde viver é difícil e mais se se fôr mulher.

6. Dança. Fui ao teatro ver danças mexicanas (não sei que nome dar a esta mezcla de flamengo com cor, alegria e cultura ameríndia, por isso chamo danças mexicanas. No México chama-se Ballet Folclórico Amália Hernandez). Parece-me que foi a experiência de dança mais intensa que tive até hoje. Adorei. As danças simbolizavam partes da história do México (desde os aztecas, até a danças de casamento e baile, passando pela revolução e uma dança simbolizando a caça de um veado). Eram feitas de vitalidade, força, e alegria. As cores e os trajes mexicanos também dançavam, e às vezes viam-se figuras de borboletas feitas de tecido no palco. Era tudo simples e forte e bonito, e a música punha-nos um sorriso nos lábios.

7. Borboletas no topo da pirâmide do Sol, em Teotihuacan (era o Amor...).

domingo, 16 de agosto de 2009

Viva México

Ainda leêm este blog?
Ou estará este blog já irremediavelmente perdido na imensidão da internet?

Este post agora não é sobre os US, é sobre o México.
É verdade, vim à Cidade do México. Duas vezes este Verão. Fui às pirâmides, andei na baixa, andei de metro, andei de carro pelos subúrbios, fui ao cinema, fui ao museu e à universidade (UNAM) mais prestigiada do México (assim me dizem, pelo menos). Ah, e provei a comida mexicana, gafanhotos (dois), ovos de formiga, larvas do cacto que dá tequillas, fruta selvagem de cacto (tuna) e outra fruta cor de rosa exótica cujo nome não me lembro. E claro, salsas, guacamole, quesadillas.
Nem sei por onde começar.

A comida é óptima. Adorei. Amei. A comida mexicana combina os meus ingredientes favoritos da portuguesa (alho, coentros,tomate, ervas) com uma herança exótica Azteca.
Existem vendedores ambulante de todo o tipo nas estradas. Vendem tunas, milho cozido com chili, frutas, gelados (bulubulu?), tamale. Mas, numa cidade onde a água da torneira não é potável, confesso que não me aventurei muito por este tipo de snacks.

A herança ameríndia está por todo o lado. Nos nomes das ruas, com muitos tês e éles, emigrados da língua Nahuatl. No Xamã que encontrei na praça principal da cidade do México. Mas, sobretudo, nas pessoas. A maior parte das pessoas tem fisionimia índia. Pequenos, morenos, e com maçãs do rosto salientes.

(Nota: não percebo muito bem porque é que no Brasil não se veêm tantos índios - ou pelo menos quem lá esteve disse-me que a fisionomia das pessoas está entre o caucasiano e o mulato. Não sei se isto não contradirá a "conveniente" teoria lusa que os portugueses foram muito menos agressivos que os espanhóis com os povos nativos.)

Quinhentos anos depois da "Conquista" os índios são os pobres, os brancos são os ricos. Num dos bairros mais ricos da cidade, só vi brancos. Nos subúrbios da Cidade do México só vi índios.

A cidade do México tem vinte e dois milhões de pessoas. Isso é duas vezes a população do nosso país. Não é uma cidade bonita como Paris ou ordenada. É uma cidade colorida e caótica, feita de casas encavalitadas em cima de casas. De favelas em cima de favelas. O centro da cidade tem um toque hispânico evidente, construído em cima de pirâmides aztecas, um centro financeiro feito de arranha-céus, jardins e edifícios altos. Mas, quando se olha de um prédio alto, casas e casas é tudo o que a vista alcança.
Os subúrbios são feitos de favelas. Casebres cinzentos que alastram pelas montanhas. O sistema de transporte público é limitado. Aqui usam-se as peseras para ir para fora da cidade. As peseras não têm "paragens", param onde lhe fazem sinal, complicando ainda mais o trânsito. Que sim, é tão complexo e feito de engarrafamentos como temos ideia.
Há sempre carros. O perto é distante e demora tempo. A condução é feita de pequenos gestos, com tantos carros colados uns aos outros. A vida complica-se com o tempo que se demora a chegar a qualquer sítio (horas).

Estar no México fez-me compreender o que é ser Europeia, Portuguesa. Adivinho que uma população equivalente à população do nosso país viva em favelas (que a mim me parecem decadentes e pobres). Parte da população sobrevive com trabalhos menores (pôr gasolina, lavar carros, vender coisas nas ruas).
A pobreza aqui é uma pobreza diferente. Não é que os pobres que vi aqui não se possam ver em Portugal. Mas o número de pobres institucionaliza a pobreza. Como europeia, vivo num país e num continente onde a pobreza revolta, onde o governo tem que resolver problemas humanitários considerados graves. Aqui, o número de pobres aliado a corrupção estatal tornam a pobreza num algo que simplesmente existe, à espera de algo.

Não me leiam mal. Sempre pensei e continuo a pensar que parte do nosso dever enquanto cidadãos do mundo rico é tentar contribuir para uma sociedade mais justa. O que acontece é que temos uma noção de direitos individuais que é insustentável a fora do mundo ocidental. Eu tenho um sentimento que alguém tem sempre que fazer algo pelos pobres porque não devem haver pobres. Aqui, é como se o peso da realidade esmagasse essa noção. Existem tantos pobres que a solução imediata, o curto ou médio prazo é quase impossível.
O longo prazo torna-se ainda mais difícil quando se pensa que a literacia aqui é frágil, a corrupção galopante e este país tem problemas de segurança gritantes.
Os raptos são uma realidade. A polícia pratica o suborno. No outro dia, no cinema vi um casal escoltado por seguranças.

Mais uma vez, não me leiam mal. Não quero transmitir uma sensação de pessimismo generalizado e desistência. É só que, muito sinceramente, só percebi agora o que é ser rico a nível global. O viver numa sociedade onde posso confiar minimamente em instituições, onde posso escolher o que estudar, onde se espera que a morte de um anónimo seja cuidada e investigada. O viver numa sociedade que tem uma das moedas mais fortes a nível mundial.

Num país onde a pobreza é endémica, e as instituições são falíveis, a acção individual solitária é um pixel branco num quadro negro. Faltam soluções facilmente escaláveis a milhões e mesmo essas demorarão gerações a darem frutos.
Falta um sentimento de igualdade social que permita que milhões de pessoas queiram e saibam construir uma sociedade mais justa. Mais uma vez, a pobreza não existe solitária. A desigualdade aqui é gritante. Aposto que a variância de preços entre produtos de pobres (muito mais baratos que no mundo ocidental) e produtos de ricos (com portáteis que aqui se vendem ao dobro do preço dos EUA, já para não falar de artigos de luxo) é muito maior que no nosso país. E, se existe mercado, existe procura...

E, apesar de tudo, na minha amostra enviesada de pessoas mexicanas que conheci, encontro uma leveza de espírito, uma alegria não amargurada que contrasta com um certo negrume lusitano. E as favelas têm enfeites de festa.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Valkyrie

Isto não tem nada (ou pouco) a ver com a américa mas ontem vi o Valkyrie, um filme com o Tom Cruise sobre a última tentativa para assassinar Hitler.
Comecei um bocado desconfiada porque não gosto de ver montagens de Hollywood sobre histórias que se passaram fora da América. Parece-me que é uma maneira ilusória de recordar a história. Acabamos por armazenar memórias que, inconscientemente, nos dão a sensação de um passado e um globo homogéneo. Apagam a verdadeira história de diversidades, de radicais formas de viver a vida, de diferentes formas de sentir o tempo e o espaço, porque transladam para o passado e para ilhas desertas as presentes ilusões ocidentais.
Além disso, não gosto de ver filmes que já sei que acabam mal (por isso demorei anos a ver o Titanic).
Mas, depois de ter visto o filme, hollywoodesco sim, dramático sim, fiquei contente de o ter visto.

Para quem não sabe, o filme retrata a história do Coronel Stauffenberg, que pôs uma bomba na sala de reuniões de Hitler e tentou mudar o curso da história. Já tinha visto um documentário na 2 sobre esta tentativa, a minha memória confirma que isto é verídico. Em todo o caso, como sabem, Hitler não morreu (nessa altura). Staufferg sim, foi executado.
O filme testemunha um punhado de homens, que, no lado errado das coisas, conseguiu perceber o que era correcto. Na altura, foram desprezados por pessoas que seriam executadas meses depois, na sequência da derrota. Mas anos depois, um nazi tem que esconder a sua identidade e a história recorda estes traidores como heróis.
Hollywood é apenas mais um tributo.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Life for loan

Uma coisa que aprendemos desde que somos pequeninos e a gerir a guita, massa, ou carcanhol. Imitamos, interiorizamos (por muito que nos custe admitir) os modelos mais proximos, eufemismo para papas. Mas aquilo que sempre me pareceu muito racional dado que envolve numeros e, as vezes, folhas de excel, parece-me agora reflexo de uma maneira de pensar o dinheiro.

Porque o dinheiro, na america, pensa-se de maneira diferente que o dinheiro europeu.
A diferenca e o credito.
Aqui o credito conta como dinheiro.

Ha um sketch do saturday night live em que um pseudo-professor ensina um casal de americanos a gerir dinheiro. O mote e: "If you don't have money, don't buy it!". Primeiro pensei que o sketch fosse exagerado, pouco criativo, sensaborao e sem piada.
Mas depois vi uma entrevista na CNN a uma mulher que, em 3 anos, pagou 46.000 dolares de divida as companhias de credito. Ela sempre tinha sido ensidada que, desde que conseguisse pagar as televisoes e carros a prestacoes, estava ok. Bastou uma doenca para as prestacoes se atrasarem e a divida acumular. (E, presume-se, ela perceber que nao era assim tao ok ter a vida a prestacoes).
Este caso saiu na CNN porque e um caso de sucesso. Raro. Porque todos os outros, aqueles que foram ensinados como esta senhora, mas que nao conseguem ter tres trabalhos sem fins de semana (aquilo pelo qual ela passou durante 3 anos) vao parar a associacoes como esta: Devedores anonimos.

O credito aqui e uma segunda natureza. Um americano de classe media era assediado com toneladas de credit card applications, daquelas que dizem 0 juros em parragonas, mas que, em letras pequenas, mostram taxas variaveis a volta de 25-30%. Eu vi (com os meus olhos que a terra ha-de comer) estes golpes publicitarios. E eu, uma engenheira a tirar um doutoramento, nao consegui determinar qual a taxa de juro exacta que se aplicava a mim. Mesmo lendo com esforco as letras pequeninas.

E, depois de avaliar a enormidade de credit applications com que um americano era assediado, percebi finalmente que, epa, a crise economica nao e assim tao surpreendente. Apesar de nao conseguir compreender todos os detalhes da questao, aquilo que percebo e: rebentou-se a bolha de produtos financeiros feitos a partir de produtos financeiros feitos a partir de produtos financeiros de alto risco (ie, baseados em pessoas que nao conseguiam pagar) e foi um ver se te havias, uma derrocada financeira tipo domino.

Uma questao lateral e este conceito da vida a prestacoes. Pagar 100$ agora adiantado e ter que pagar entre 1/4 e 1/3 a uma companhia que financia um estilo de vida insustentavel. Uma familia de classe media estar amarrada a uma aparencia futil enquanto a riqueza real 'e pouca ou nenhuma e esvai-se como areia por entre televisoes e carros novos (porque a america esta cheia de carros novos, grandes e luzidios). E o mesmo conceito por detras de todos os sistemas de classes. O esforco de uma classe sustentou os de sangue azul, os mais nobres, e, agora, os mais espertos.

A mobilidade social nao e assim tao movel, afinal. A educacao de massas tem funcionado como equalizador social, a pouco e pouco, claro, como sao todos os processos geracionais, mas a ilusao de uma sociedade meritocratica e mantida sobretudo por umas quantas estatisticas improvaveis chamadas Bill Gates.

E aquilo que ainda e mais estranho, e como e tao natural tudo isto. Meter a vida a prestacoes para ter a casa cheia de coisas.

PS: ha pouco tempo o Obama mandou fazer um novo regulamento para companhias de credito. Segundo me disseram, o regulamento regula a fonte, o tamanho da fonte e a legibilidade de panfletos que divulgam credito. So para perceberem o quao tragi-comica era a situacao. Artigo do Wall Street Journal.