sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Procastination

Já percebi porque é que a massa laboral americana é conhecida pela sua ética quase fé no trabalho. Os americanos são quase todos emigrantes na segunda ou terceira geração. E, neste país, o Processo de emigração é tão fundamentalmente complexo que procastinadores e atrasados ou nunca entram ou têm que sair porque se esqueceram de uma assinatura.

É claro que existem umas quantas excepções, chamadas sorte, que acontecem a tugas desprevenidos em universidades hiper-eficientes. Como eu. Que quase passei um Natal por skype (escusam de dizer aos meus pais).

A razão é branca, A4 e chama-se I20. É um papelucho que certifica que eu sou estudante. Quando se entra no país, no aeroporto de Nova Yorque passa-se por umas casinhas da emigração onde somos interrogados por polícias sobre os nossos intentos nas américas. Quem não tem razão para ficar tem que apanhar o avião na volta (como nós somos do eixo do bem, podemos vir sem visa para turismo por três meses, mas precisamos de bilhete de volta).

Ao que parece, o I-20 tem que ser assinado cada 6 meses. Eu não sabia. Deixei passar os e-mails do office of international education, com um sorrisinho de desdém europeu e snobe, para, uns dias antes da ida, me aperceber que me faltava uma assinatura para poder voltar.
Felizmente os profissionais do OIE sabem que existem pessoas como eu e mandaram um e-mail a dizer que a última-ultimíssima hipótese para assinar o passe era, precisamente, hoje à tarde.
Fui salva.

É verdade, chego terça a casa.
Até breve.

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