Epá, estou emocionada.
Já que me esqueci que as televisões esqueceram o Nader (quem?) e os outros totós da extrema-direita americana.
Já me esqueci do bailout. Porque me hei-de lembrar neste momento que o JPMorgan anda a brincar às mergers e acquisitions com o dinheiro do bailout? A lógica capitalista luta sempre pela eficiência económica, provavelmente estão certos.
Já me esqueci do dinheiro que o Obama angariou. Até porque ele começou mais pobrezinho que Job. Foi o dom dele que fez esta vitória.
Fui tomada pela loucura democrática americana.
O meu professor de história perguntou à "portuguese team" se tínhamos assistido à vitória da democracia na américa, a um virar de história histórico.
Sim, assisti. Ontem, num bar, a vitória arrasadora nem me deu desculpas para me deitar tarde. Ao inicío da noite, já se sabia que o Obama tinha ganho. No bar ouvia-se música ("A barraca abana" como dizia uma colega minha do doutoramento) e toda a gente torcia pelo afro-americano, com grandes gritos quando a cnn declarava um estado democrático.
A música foi apenas interrompida pelo discurso do Obama, the President Elect. Epá, fiquei com a lágrima ao canto do olho (como a Sarah Palin, ao pé do McCain). Isto sim, é falar. Percebe-se ali um certo sabor a púlpito (quiçá transpirado pelos anos a ouvir o Wright?). Biblíco.
O McCain, uns minutos antes, não tinha ficado atrás. Ficou sim, muito à frente do avôzinho caquético que acusou o Obama de se associar ao terrorista Ayers no último debate presidencial. Voou acima da divisão presidencial, evitou os boos da populaça e pediu a todos união e ajuda em prol do novo líder. Arcou com as culpas da derrota republica. Bonito.
E hoje de manhã o mundo era diferente. Os shows políticos que vi lembraram-se que os afro-americanos às vezes também opinavam e mandaram vir jornalistas de cor.
Na cnn e no new york times só se veêm afro-americanos felizes.
Eu também quero por o país primeiro, mudar o mundo e ganhar umas eleições (ou o Nobel).
Yes, we can.
E digam-me lá se eu não sou muito mais gira que o McCain (sim, a foto foi mesmo tirada depois de ele ter feito um discurso naquele púlpito).
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