Eu quero passar por aqui:
http://www.nps.gov/grca/
domingo, 25 de maio de 2008
sexta-feira, 23 de maio de 2008
(Pr'ó Guillaume) As minhas primeiras recordações do técnico
Hum, e há assim uma espécie de saudade no meio destas imagens...
As minhas primeiras memórias do técnico e de física são um pouco difusas... a minha primeira imagem concreta é mesmo de ver as costas do Paulo a entrar numa sala do central por causa dessa coisa chamada mentorado. Lembro-me que trazia uma pasta castanha na mão e uma camisola negra.
Desse dia, vem-me também à memória conhecer a Telma e uma praxe cantante... Será que o Guimas estava mesmo lá, ou a minha memória inventou-o por aquilo ser uma coisa à Guimas?
E lembro-me muito bem dessa noite de cerveja, que era simultaneamente a minha estreia da carvoaria e uma das minhas primeiras noites em Lisboa! O caminho foi muito pouco alegre, comigo a conviver com todos os fantasmas implantados sobre a zona do técnico (ie, putice) e com todas as inseguranças de conhecer aquela gente nova, que eu não sabia quem era, mas que parecia fixe (e para quem não era estranho gostar de física e de matemática e de ler).
Lembro-me que o Paulo trazia um livro de PE (provavelmente, o Montgomery) para estudar a meio da noite com mais alguém (o Guillaume? o Nuno?)
Mas, Guillaume, parece-me que as bolinhas de pão foram um pouco mais tarde... acho que isso não aconteceu logo nessa noite, mas sim noutra...
Não me lembro da minha primeira conversa com a Ana, ou com o Artur, ou com a Ana Luísa. Lembro-me que a Ana era a gaja fixe que estava sempre preocupada com toda a gente, da amizade que sabia a pouco da Ana Luísa e do Leandro, e do Artur só tenho recordações distintas cerca de um ano depois.
E lembro-me do fotopaper, do cheiro da casa do Pato, das aulas, do acampamento num sítio em que ainda éramos suficientemente putos para considerar fazer barulho à noite assim como uma espécie de rebeldia (o vaipe do Gato)... e de outras convulsões bem menos cor-de-rosa que fizeram dos meus primeiros dois anos no IST uma promessa mas um algo difícil de conquistar também... Acho que o técnico só começou mesmo a partir do 4º ano para mim.
As minhas primeiras memórias do técnico e de física são um pouco difusas... a minha primeira imagem concreta é mesmo de ver as costas do Paulo a entrar numa sala do central por causa dessa coisa chamada mentorado. Lembro-me que trazia uma pasta castanha na mão e uma camisola negra.
Desse dia, vem-me também à memória conhecer a Telma e uma praxe cantante... Será que o Guimas estava mesmo lá, ou a minha memória inventou-o por aquilo ser uma coisa à Guimas?
E lembro-me muito bem dessa noite de cerveja, que era simultaneamente a minha estreia da carvoaria e uma das minhas primeiras noites em Lisboa! O caminho foi muito pouco alegre, comigo a conviver com todos os fantasmas implantados sobre a zona do técnico (ie, putice) e com todas as inseguranças de conhecer aquela gente nova, que eu não sabia quem era, mas que parecia fixe (e para quem não era estranho gostar de física e de matemática e de ler).
Lembro-me que o Paulo trazia um livro de PE (provavelmente, o Montgomery) para estudar a meio da noite com mais alguém (o Guillaume? o Nuno?)
Mas, Guillaume, parece-me que as bolinhas de pão foram um pouco mais tarde... acho que isso não aconteceu logo nessa noite, mas sim noutra...
Não me lembro da minha primeira conversa com a Ana, ou com o Artur, ou com a Ana Luísa. Lembro-me que a Ana era a gaja fixe que estava sempre preocupada com toda a gente, da amizade que sabia a pouco da Ana Luísa e do Leandro, e do Artur só tenho recordações distintas cerca de um ano depois.
E lembro-me do fotopaper, do cheiro da casa do Pato, das aulas, do acampamento num sítio em que ainda éramos suficientemente putos para considerar fazer barulho à noite assim como uma espécie de rebeldia (o vaipe do Gato)... e de outras convulsões bem menos cor-de-rosa que fizeram dos meus primeiros dois anos no IST uma promessa mas um algo difícil de conquistar também... Acho que o técnico só começou mesmo a partir do 4º ano para mim.
A alegre casinha "virtual"
é linda! Tem paredes de cores suaves e um quadro que faz olhar para lá do ecrã. O nome faz pensar duas vezes. E, mais importante que tudo, tem gente dentro que nunca mais acaba...
Mas mais do que uma casa só minha (que coisa tão vazia e nua!) era tão bom que se tornasse um espaço de Todos, o cantinho cibernautico de encontro para memórias, sonhos, devaneios e planos (de viagens megalómanas, desabafos infalómonos - e não só), das aventuras e desventuras de um grupo de pessoas que sabe-se lá porquê, sabe-se lá como ou em que data precisa acabou enlaçado em afectos... Já sabem como entrar. Quando quiserem!
!beijinhos!
Mas mais do que uma casa só minha (que coisa tão vazia e nua!) era tão bom que se tornasse um espaço de Todos, o cantinho cibernautico de encontro para memórias, sonhos, devaneios e planos (de viagens megalómanas, desabafos infalómonos - e não só), das aventuras e desventuras de um grupo de pessoas que sabe-se lá porquê, sabe-se lá como ou em que data precisa acabou enlaçado em afectos... Já sabem como entrar. Quando quiserem!
!beijinhos!
quinta-feira, 22 de maio de 2008
ah... humm....
Bem... Talvez o Obama ganhe as primárias, talvez ganhe as eleições. :-) Não é propriamente um revolucionário, mas sempre é melhor que um católico republicano!
Estive a fazer uma procura rápida na net e encontrei um livro de ficção que se passa em Pittsburgh, nos anos 80, centrado num tipo que é estudante universitário:
The Misteries of Pittsburgh
de Michael Chabon
Também vi que é considerada uma das melhores cidades para se viver nos States (vai-se lá saber porquê). Ficou em primeiro lugar no Places Rated Almanac em 2007! Dizem que tem um custo de vida barato (e com o dólar baixo, ainda mais) em contrapartida é a região metropolitana mais poluída. :-P
Estás a 6 horas de carro de New York (caso queiras o boliço da Big Apple), a 10 de Montreal (para o caso de te fartares dos americanos), a outras 10 de Boston (para alguma cultura mais empinada), apenas a 4 de Washington (para o caso do Obama não ganhar, ires fazer umas manifs).
Podes-te tornar adepta de diversos desportos: Futebol amaricano, hóquei no gelo, basquetebol, rugby e até futebol (mas tens de dizer soccer, senão eles não percebem).
Tens 446 pontes em Pittsburgh, se o Euler se tornou famoso com o problema das 7 pontes de Koningsberg, imagina o que não vais fazer com 446! Força Cris!
A Cristina Aguilera é de Pittsburgh! Já sabes, se te fartares de teoria de jogos, compras umas minisaias (ou cintos), reduzes uns cm de altura e dedicas-te à musica, versão MTV! O grande Charles Bronson também é um indigena de lá! O Andy Warhol, o grande Art Blakey, Herbert Simon, ganhou o prémio nobel da economia.
Entretanto, vais ter de procrastinar um bocado todas as semanas para organizares a nossa viagem daqui a 4 anos (+-) (a aventura por um continente, que ainda não sabemos qual é!) é uma boa recompensa para depois destes anos de expatriados!
Entretanto, já para o ano, não te esqueças, route 66 em Agosto, estamos lá!
http://www.national66.com/
http://en.wikipedia.org/wiki/Route_66
E claro, vamos neste carro amaricano:
Estive a fazer uma procura rápida na net e encontrei um livro de ficção que se passa em Pittsburgh, nos anos 80, centrado num tipo que é estudante universitário:
The Misteries of Pittsburgh
de Michael Chabon
Também vi que é considerada uma das melhores cidades para se viver nos States (vai-se lá saber porquê). Ficou em primeiro lugar no Places Rated Almanac em 2007! Dizem que tem um custo de vida barato (e com o dólar baixo, ainda mais) em contrapartida é a região metropolitana mais poluída. :-P
Estás a 6 horas de carro de New York (caso queiras o boliço da Big Apple), a 10 de Montreal (para o caso de te fartares dos americanos), a outras 10 de Boston (para alguma cultura mais empinada), apenas a 4 de Washington (para o caso do Obama não ganhar, ires fazer umas manifs).
Podes-te tornar adepta de diversos desportos: Futebol amaricano, hóquei no gelo, basquetebol, rugby e até futebol (mas tens de dizer soccer, senão eles não percebem).
Tens 446 pontes em Pittsburgh, se o Euler se tornou famoso com o problema das 7 pontes de Koningsberg, imagina o que não vais fazer com 446! Força Cris!
A Cristina Aguilera é de Pittsburgh! Já sabes, se te fartares de teoria de jogos, compras umas minisaias (ou cintos), reduzes uns cm de altura e dedicas-te à musica, versão MTV! O grande Charles Bronson também é um indigena de lá! O Andy Warhol, o grande Art Blakey, Herbert Simon, ganhou o prémio nobel da economia.
Entretanto, vais ter de procrastinar um bocado todas as semanas para organizares a nossa viagem daqui a 4 anos (+-) (a aventura por um continente, que ainda não sabemos qual é!) é uma boa recompensa para depois destes anos de expatriados!
Entretanto, já para o ano, não te esqueças, route 66 em Agosto, estamos lá!
http://www.national66.com/
http://en.wikipedia.org/wiki/Route_66
E claro, vamos neste carro amaricano:
Um Amigo
Há uma casa no olhar
onde a ira nómada da cidade arde
de um amigo.
Nela entramos sacudindo a chuva.
Deixamos no cabide o casaco
fumegando ainda dos incêndios do dia.
Nas fontes e nos jardins
das palavras que trazemos
o amigo ergue o cálice
e o verão
das sementes.
Então abre as janelas das mãos para que cantem
a claridade, a água
e as pontes da sua voz
onde dançam os mais árduos esplendores.
Um amigo somos nós, atravessando o olhar
e os véus de linho sobre o rosto da vida
nas tardes de relâmpagos e nos exílios,
onde a ira nómada da cidade arde
como um cego em busca de luz.
(Eduardo Bettencourt Pinto)
Ninguém melhor que Sebastião da Gama para espreitar pelo canto da janela da alma. Deixo-te este poema na palma do coração: O Sonho
O Sonho
Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.
Chegamos? Não chegamos?
─ Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
quarta-feira, 21 de maio de 2008
hoochie-coochie girl
Gypsy woman told her mother, before she was born
You got a girl-child comin', gonna be a son-of-a-gun
Gonna make these pretty boys, jump and shout
And the world will only know, what it's all about
You know she's here
Everybody knows She's here
Well She's the hoochie-coochie girl
Everybody knows She's here
She got the black cat bone and she got a mojo, too.
She got the John the Conquerer Root, gonna mess with you.
She's gonna make you boys lead by her hand,
And then the world will know the hoochie coochie girl.
You know she's here
Everybody knows she's here
And she's the hoochie-coochie girl
Everybody knows she's here
On the seventh day, of the seventh month
the seventh doctor said:
She's born for good luck, and she knows you see;
She got seven hundred dollars, don't you mess with her
You know she's here
Everybody knows she's here
'Cause she's the hoochie-coochie girl
Everybody knows she's here
Willie Dixon & Muddy Waters (1954). Hoochie Coochie Man. Chess. Chicago.
You got a girl-child comin', gonna be a son-of-a-gun
Gonna make these pretty boys, jump and shout
And the world will only know, what it's all about
You know she's here
Everybody knows She's here
Well She's the hoochie-coochie girl
Everybody knows She's here
She got the black cat bone and she got a mojo, too.
She got the John the Conquerer Root, gonna mess with you.
She's gonna make you boys lead by her hand,
And then the world will know the hoochie coochie girl.
You know she's here
Everybody knows she's here
And she's the hoochie-coochie girl
Everybody knows she's here
On the seventh day, of the seventh month
the seventh doctor said:
She's born for good luck, and she knows you see;
She got seven hundred dollars, don't you mess with her
You know she's here
Everybody knows she's here
'Cause she's the hoochie-coochie girl
Everybody knows she's here
Willie Dixon & Muddy Waters (1954). Hoochie Coochie Man. Chess. Chicago.
terça-feira, 20 de maio de 2008
Até já
Durante uns tempinhos vais estar mais longe. Espero que esta viagem te traga coisas novas, coisas boas, o que procuras e mais ainda.
Vamos sentir alguma falta da tua energia, da tua postura incansável e entusiasmada, da tua curiosidade, das conversas e ideias interessantes que vais trazendo, e da tua simpatia.
Alguma falta, mas não muita - espero - pois conto que ainda nos vás visitando umas tantas vezes :)
Vamos sentir alguma falta da tua energia, da tua postura incansável e entusiasmada, da tua curiosidade, das conversas e ideias interessantes que vais trazendo, e da tua simpatia.
Alguma falta, mas não muita - espero - pois conto que ainda nos vás visitando umas tantas vezes :)
Farewell Cris
A menina do cabelo ruivo encaracolado com sardas vai para US, terra lá longe de aventuras rocambolescas. Grandes viajantes por essas terras contaram com o Charlie Chaplin entre outros. Alguns nativos famosos até serão a Pocahontas e o Louis Armstrong. Vamos ver como é que será recebida a nossa Cris?
Fica aqui então a oportunidade de lembrarmos estes últimos 9 anos (aproximadamente) em que as nossas linhas do espaço-tempo andaram entre cruzamentos e emparelhamentos espalhafatosos ...
Em 1999, lembro-me muito bem, era uma terça de manhã, encontro o Paulo à porta do pavilhão de pós-graduação (que hoje é, e bem, de matemática). Sendo o início desse semestre de segundo ano, e havendo pouco para fazer (excepto para a Informativa salvo seja), dei-lhe aquilo que tinha para dar, e fiz do seu tempo minha companhia. Conversa puxando conversa, no minuto seguinte dou por mim a assinar, por osmose, a ingressão para mentor de caloiros no GAPE. Tal um anjo guardião, a minha preguiça venceu a osmose quando o Paulo também se ofereceu para colaborador do GAPE e candidatou-se a uma bolsa (que mais tarde obteve de facto). Quanto a mim, mantive a minha folha imaculada (fiuu).
Só na semana seguinte é que me apercebi do plano do Paulo (para além da bolsa). De volta ao GAPE (que ficava no segundo andar do Central, aonde mais tarde virá a situar-se o CENTRA), ele entra e sai radiante com a lista dos nossos futuros mentorandos (não me lembro de haver mais mentores nesse nosso segundo ano - penso que talvez o Martins e o Fortunato ... Ah sim, e claro, o "Netcyborg" - então ainda não denominado de "Guardião do Universo"). A primeira coisa que fizemos, claro está, foi de ver quem eram as miúdas ;p
E portanto soavam alguns nomes como Telma Mantas (que o Paulo reconheceu, e pedindo assim para ficar com 2a metade da lista), Cristina Carias, Alexandra Belo, Ana Luísa Pinho, Teresa Correia, Clara Fiúza e mais, e mais. Só depois de dividirmos a nossa lista (penso que ficámos com cerca de 12 mentorandos cada um) é que olhámos para todos os nomes indiscretiminadamente (note-se o neologismo). Nomes míticos como João Pedro, João Eduardo, João Vasco Gama, Fernado Patrício, Tiago Carvalho, João Carrilho e Leandro Lares entraram pela primeira vez e para sempre nas nossas vidas.
Bom, entretanto sobrepõe-se uma névoa na memória, vejo-me por uns lapsos a chegar atrasado ao fim da primeira aula dos caloiros e ao entrar, a ser acenado pela Rita Leal, pela Joana Ramalho,pelo Pedro Carvalho e pelo João Fortunato para dirigir-Lhes algumas palavras. Lembro-me de estar um bocado constrangido perante tão verde audiência. Depois fica tudo turvo e enrodilhado em névoa, e revejo-me numa sala do Central junto ao Gape, frente aos meus mentorandos a contar-lhes um pouco as aventuras do Técnico que lhes estavam reservadas: o Carvalhosa, as aulas, os profes, a aeist, a secção de folhas, os bares, o nfist, o círco, o pulsar, a astro etc...
Lembro-me particularmente da Cristina e do Gargaté, ela reclinada contra o seu assento com óculos, assídua e sorridente, ele, apoiando a cabeça de braço lançado na mesa, de sorriso descontraido e atento. Lembro-me dele dizer que Física Tecnológica fora segunda opção pois tentara ingressar como piloto da força aérea. Pois bem, uns anos depois lá voou em micro-gravidade na experiência de vôos parabólicos da ESA, com a primeira equipa com elementos do IST.
Nuns lapsos seguintes vejo-me a avistar o Pato e o Gato no bar de Civil, na esplanada, com um copo de loira na mão, e com um pequeno caloiro aloirado e de olhos azuis, talvez ainda ligeiramente tímido e algo reluctante a beber a sua jola oferecida. "Vens de onde? -De Faro", "Como te chamas? -Paulo, mas os meus amigos chamam-me Frango."
Uns dias depois já o Paulo (o outro) passa bastante tempo no Gape, tira a carta de condução, compra um fiat 127 velhinho e arranja cartão de parquear no interior do recinto. Puxa, hoje dou-me conta do seu entusiasmo empreendedor bem sucedido. E na noite de 5a, noite do estudante, lá vamos todos para a Carvoaria para, talvez, aquele que virá a ser o primeiro barril. Regrupámos os mentorandos à saída do pós, demos-lhes instruções para chegarem por todos os meios ao Calvário, pegámos nas mentorandas mais giras e embarcámos no fiat 127 beige escuro acastanhado. No assento de trás vinha a Cristina. E já não me lembro mais. Divertimo-nos, bebemos jolas, devo ter tido umas conversas de café brutalíssimas (por aquela altura estava mesmo entusiasmado com tudo aquilo). O Pato leva-nos para casa dele, não me lembro se ainda tivemos que passar pelo Arco-do-cego para depositar alguém - episódio da "Música e pão com chouriço" - e lá acabamos, uns vipes depois, a Cristina e o Paulo a rirem-se da minha figura de embriagado alegre, na torre por cima do centro Comercial Alfa, em territórios domésticos do Pato. Deviam estar lá, para além do Pato, do Paulo da Cristina e eu, o Ferras, o Gato, o João Pedro, a Ana Luísa, o Leandro, o Feliciano, o Artur, o Guimas, a Ana Silva etc... No fim dessa noite, reparei que a Cristina e o Paulo andavam muito a atirarem-se bolinhas de pão, e a seguir, ainda os surpreendi a lavarem a loiça, sozinhos na cozinha, entretidos na conversa ...
E acabo por aqui estas memórias do Técnico. Devo falhado uma data de detalhes, mas bom, a névoa às vezes força-me a interpolar e a extrapolar os dados. Caramba, aqueles anos de 1998/99 e 1999/00 devem ter sido dos anos mais estimulantes e criativos da minha vida. Depois veio o terceiro ano, e o charme do Técnico esfumou-se um bocado ...
Épà, se se lembrarem dessa noite que descrevi, comentem para afinar os detalhes...
Na altura ainda a fotografia digital e o Google não tinham entrado na minha vida. Pelo que não guardo recordação desses anos, excepto por onirismos.
Mas se olharmos para 2003, quando a Cristina fez anos e convidou-nos todos para o Guincho para praia e piquenique ...
Fica aqui então a oportunidade de lembrarmos estes últimos 9 anos (aproximadamente) em que as nossas linhas do espaço-tempo andaram entre cruzamentos e emparelhamentos espalhafatosos ...
Em 1999, lembro-me muito bem, era uma terça de manhã, encontro o Paulo à porta do pavilhão de pós-graduação (que hoje é, e bem, de matemática). Sendo o início desse semestre de segundo ano, e havendo pouco para fazer (excepto para a Informativa salvo seja), dei-lhe aquilo que tinha para dar, e fiz do seu tempo minha companhia. Conversa puxando conversa, no minuto seguinte dou por mim a assinar, por osmose, a ingressão para mentor de caloiros no GAPE. Tal um anjo guardião, a minha preguiça venceu a osmose quando o Paulo também se ofereceu para colaborador do GAPE e candidatou-se a uma bolsa (que mais tarde obteve de facto). Quanto a mim, mantive a minha folha imaculada (fiuu).
Só na semana seguinte é que me apercebi do plano do Paulo (para além da bolsa). De volta ao GAPE (que ficava no segundo andar do Central, aonde mais tarde virá a situar-se o CENTRA), ele entra e sai radiante com a lista dos nossos futuros mentorandos (não me lembro de haver mais mentores nesse nosso segundo ano - penso que talvez o Martins e o Fortunato ... Ah sim, e claro, o "Netcyborg" - então ainda não denominado de "Guardião do Universo"). A primeira coisa que fizemos, claro está, foi de ver quem eram as miúdas ;p
E portanto soavam alguns nomes como Telma Mantas (que o Paulo reconheceu, e pedindo assim para ficar com 2a metade da lista), Cristina Carias, Alexandra Belo, Ana Luísa Pinho, Teresa Correia, Clara Fiúza e mais, e mais. Só depois de dividirmos a nossa lista (penso que ficámos com cerca de 12 mentorandos cada um) é que olhámos para todos os nomes indiscretiminadamente (note-se o neologismo). Nomes míticos como João Pedro, João Eduardo, João Vasco Gama, Fernado Patrício, Tiago Carvalho, João Carrilho e Leandro Lares entraram pela primeira vez e para sempre nas nossas vidas.
Bom, entretanto sobrepõe-se uma névoa na memória, vejo-me por uns lapsos a chegar atrasado ao fim da primeira aula dos caloiros e ao entrar, a ser acenado pela Rita Leal, pela Joana Ramalho,pelo Pedro Carvalho e pelo João Fortunato para dirigir-Lhes algumas palavras. Lembro-me de estar um bocado constrangido perante tão verde audiência. Depois fica tudo turvo e enrodilhado em névoa, e revejo-me numa sala do Central junto ao Gape, frente aos meus mentorandos a contar-lhes um pouco as aventuras do Técnico que lhes estavam reservadas: o Carvalhosa, as aulas, os profes, a aeist, a secção de folhas, os bares, o nfist, o círco, o pulsar, a astro etc...
Lembro-me particularmente da Cristina e do Gargaté, ela reclinada contra o seu assento com óculos, assídua e sorridente, ele, apoiando a cabeça de braço lançado na mesa, de sorriso descontraido e atento. Lembro-me dele dizer que Física Tecnológica fora segunda opção pois tentara ingressar como piloto da força aérea. Pois bem, uns anos depois lá voou em micro-gravidade na experiência de vôos parabólicos da ESA, com a primeira equipa com elementos do IST.
Nuns lapsos seguintes vejo-me a avistar o Pato e o Gato no bar de Civil, na esplanada, com um copo de loira na mão, e com um pequeno caloiro aloirado e de olhos azuis, talvez ainda ligeiramente tímido e algo reluctante a beber a sua jola oferecida. "Vens de onde? -De Faro", "Como te chamas? -Paulo, mas os meus amigos chamam-me Frango."
Uns dias depois já o Paulo (o outro) passa bastante tempo no Gape, tira a carta de condução, compra um fiat 127 velhinho e arranja cartão de parquear no interior do recinto. Puxa, hoje dou-me conta do seu entusiasmo empreendedor bem sucedido. E na noite de 5a, noite do estudante, lá vamos todos para a Carvoaria para, talvez, aquele que virá a ser o primeiro barril. Regrupámos os mentorandos à saída do pós, demos-lhes instruções para chegarem por todos os meios ao Calvário, pegámos nas mentorandas mais giras e embarcámos no fiat 127 beige escuro acastanhado. No assento de trás vinha a Cristina. E já não me lembro mais. Divertimo-nos, bebemos jolas, devo ter tido umas conversas de café brutalíssimas (por aquela altura estava mesmo entusiasmado com tudo aquilo). O Pato leva-nos para casa dele, não me lembro se ainda tivemos que passar pelo Arco-do-cego para depositar alguém - episódio da "Música e pão com chouriço" - e lá acabamos, uns vipes depois, a Cristina e o Paulo a rirem-se da minha figura de embriagado alegre, na torre por cima do centro Comercial Alfa, em territórios domésticos do Pato. Deviam estar lá, para além do Pato, do Paulo da Cristina e eu, o Ferras, o Gato, o João Pedro, a Ana Luísa, o Leandro, o Feliciano, o Artur, o Guimas, a Ana Silva etc... No fim dessa noite, reparei que a Cristina e o Paulo andavam muito a atirarem-se bolinhas de pão, e a seguir, ainda os surpreendi a lavarem a loiça, sozinhos na cozinha, entretidos na conversa ...
E acabo por aqui estas memórias do Técnico. Devo falhado uma data de detalhes, mas bom, a névoa às vezes força-me a interpolar e a extrapolar os dados. Caramba, aqueles anos de 1998/99 e 1999/00 devem ter sido dos anos mais estimulantes e criativos da minha vida. Depois veio o terceiro ano, e o charme do Técnico esfumou-se um bocado ...
Épà, se se lembrarem dessa noite que descrevi, comentem para afinar os detalhes...
Na altura ainda a fotografia digital e o Google não tinham entrado na minha vida. Pelo que não guardo recordação desses anos, excepto por onirismos.
Mas se olharmos para 2003, quando a Cristina fez anos e convidou-nos todos para o Guincho para praia e piquenique ...
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