"Do you know your sins are forgiven?"
"Do you realize that God loves you?"
"Do you know the Lord offers you eternal life?"
Esta mensagem foi colada por alguém num autocarro que me levou da universidade a casa. Anúncios de Deus aparecem às vezes na cidade (e talvez ele também, quem sabe). No outro dia um judeu ortodoxo deixou-me um papelucho na mão. Qualquer coisa sobre não matar, não roubar e não ter sexo. Também vêm a casa perguntar se queremos receber a palavra de Deus a cores ("Mas sabe que esta revista é inspirada na Bíblia? Tem mesmo a certeza que...?").
Mas religião organizada é outra coisa. No outro dia apanhei num canal de televisão um americano do Sul a pregar para um estádio coberto. Talvez deus tenha feito outro milagre de multiplicação dos peixes, era um sermão com ouvintes a perder de vista. Jesus devia estar contente. Epá, e o tipo era bom. Mais uma perturbaçãozita na auto-estima e este blog passava a "Cristo-mail-us".
Fiquei a ouvi-lo sem me cansar e percebi que aqui há uma grande preocupação com a saúde dos negócios (pelo contrário, em portugal, como não há tantos negócios, é só com a saúde). O profeta falava para uma população de empreendedores, certamente eleitos, mas com problemas muito comuns. Nada de falar mal da promoção do mal-jeitoso que nos passou à frente. Acredite, Deus vai recompensá-lo.
E também cheguei à conclusão que não é só Deus que é omnipresente, a Crise também o é. Este discurso sobre ter fé era complementado com advertências económicas. Supostamente, este é o momento de acreditar em Deus, porque se passarmos a ter fé Deus escolhe-nos para provar que é bom e todo poderoso.
É claro que nós fazemos parte do grupo de controlo, cuja função é ter inveja dos que ficam ricos e vão à missa. Mas como Deus nos ama, e temos a vida eterna garantida de qualquer modo, para quê preocuparmo-nos?
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